segunda-feira, 20 de outubro de 2014

E quando tua conta é bloqueada?

Pois bem, pode acontecer com qualquer pessoa: você está com as contas em dia, tudo programadinho, o dinheiro devidamente aplicado para fazer frente às despesas e, quando menos espera, a justiça bloqueia tudo.

Aconteceu comigo: fui sócio em uma empresa durante alguns anos. Ainda era sócio quando uma trabalhadora foi desligada e entrou com uma Reclamatória Trabalhista, reivindicando direitos que entendia ter. Foi feito um acordo na Justiça do Trabalho - naquela altura do campeonato, eu não era mais sócio da empresa, logo não participei do acordo. Bem, os sócios da época não pagaram o que foi combinado no acordo, e o Juiz determinou o bloqueio das contas dos sócios da época, para garantir o pagamento do que foi acordado.
Vale aqui uma explicação: se a Justiça determinou que se faça algo, ou se um acordo foi feito na Justiça, isto deve ser cumprido, e não há o que reclamar, chorar, espernear. Diz um antigo ditado que "o combinado não é caro". Assim, a Justiça está coberta de razão quando faz um bloqueio nas contas dos sócios, inclusive no meu caso que nem era mais sócio, pois quando a pessoa trabalhou na empresa eu fui, sim, um dos patrões dela. Logo, sou também responsável pelos pagamentos.
Os bloqueios aconteceram em minha conta corrente - era o dinheiro para pagar as despesas do mês - e em duas aplicações - dinheiro que eu estava guardando para as despesas de fim-de-ano. Afinal, sou professor em cursos de pós-graduação e de aperfeiçoamento, e estes não tem aulas nos finais e começos de anos. Por isso preciso ter uma poupança para fazer jus a estes períodos.

E aí,  que fazer?

  • A primeira coisa: tentar se desfazer de algo para "fazer caixa". Tudo o que consegui foi vender um videocassete antigo, por R$ 50,00.
  • A segunda: cobrar aquela pessoa que está te devendo. Cobrei, mas até agora nada...
  • Terceira: pedir socorro a amigos e parentes.


O que nunca fazer: pedir socorro ao gerente do banco... Por quê? Porque, como vimos no eBook SEJA SENHOR DO TEU DINHEIRO, o gerente do banco não trabalha para você: trabalha para o banco. Ele vai te empurrar um empréstimo caríssimo, com juros exorbitantes (por mais que pareçam pequenos), e só vai aumentar tua dívida.

Por fim, rever o padrão de vida: reduzir despesas ao máximo, se for o caso comer arroz com ovo (tive que me submeter a isso uns dias por conta da história acima), economizar nas coisas grandes e nas pequenas. 

Lazer? Só gratuito: vá passear na praça, no parque, no lago - desde que não tenha que pagar ingresso. E vá depois de fazer tua refeição, para não sentir fome no passeio. Leve também tua garrafinha de água, de casa, para não gastar com água lá.

E então, é só esperar as coisas se reequilibrarem, e a vida voltar ao normal.

Aprendi uma coisa importante: TUDO PASSA. ATÉ UVA-PASSA.

um abraço, e até a próxima!